Hoje é dia 20 de Janeiro, e não é dia de nada! Acho eu. Mas isso não vem ao caso.
Um
assunto que vem me intrigando nesses últimos dias é que a minha cadela,
Joanneta, não come mais em casa. Só quer saber de comer fora.
Figurativamente.
Vou explicar com uma historinha:
Joãozão, um pescador NATO, com muitos anos de experiência, tem muitos gatinhos. Muitos gatos. Muitos.
A reprodução da espécie é livre no espaço que se limita ao terreno do Jõaozão.
Conforme a rainha do balaio dá suas crias, João as comercializa. De graça.
O
problema é que depois de um tempo, o ditado "Cavalo dado não se olha os
dentes" não mais colava. Ele precisava usar uma outra forma de atração
de público. Algo diferente que causasse impacto e que relacionasse gatos
com gatos. Pensou, pensou, e chegou à conclusão de que havia apenas uma
saída:
Era uma vez um ditado que ele mesmo havia criado nos seus tempos de garotão, balada no paiol, e contato com as nega. Foi algo que surgiu do excesso de velho barreiro nada, como uma luz no fim da garrafa. Ele pulava de alegria. Sua vida estava ganha com aquele golpe de sorte e criatividade.
No dia seguinte, Joãozão já havia esquecido o magnífico ditado.
Seguiram-se 30 anos de muitos mgs de anti-depressivo e muito trabalho árduo. Joãozão já havia até se acostumado com sua pobre e miserável situação.
Mas naquele momento, do nada, ou do velho barreiro, a luz ressurgiu, e Joãozão de repente se lembrou!
"Gato dado não se olha o rabo".
Era tudo. Tudo. Tudo pra ele.
E ainda rimava.
Era perfeito.
Era mais do que ele imaginava.
Era lindo.
Era de matar qualquer invejoso.
Era fodastorasfodrintoso.
Sua vida mudou drasticamente.
As
pessoas passaram a reconhecê-lo na rua como João do Rabo. Joãozão
detinha a patente do ditado mais famoso e popular do Brasil!
Mas isso não vem ao caso.
O
que importa é que a minha cadela vai comer os restos da comida dos
gatos, que são a principal fonte de renda do magnata João, e já está
atingindo 96% da gordura corporal possível em um canino!
Não sei mais o que fazer, e uma cirurgia de redução de estômago não é viável em tais circunstâncias, porque se abrirem, explode Joanneta não tem condições de saúde favoráveis à operação.
E ela não aceita ser sacrificada.
Ok, desabafei.
